Num voo transcendental e sem asas, atravesso um portal
e volito pelo espaço descomunal do incógnito infinito. Em instantes de liberdade,
fora dos densos recintos, vejo o mundo por ângulos distintos e os seres sem
formas na projeção do meu voo livre. Mas minha mente ainda projeta sombras de
arvores das florestas dos meus sonhos. Meu viajar tem tempo limitado, mas lá
não há tempo nem paredes que me limitam de passar. Pois nessas extensões
colossais as leis são dessemelhantes e não há limites para o direito de amar. O
voo quer terminar, mesmo que não seja um voo alado, para me fazer voltar ao
envoltório fechado. Mas, não quero despertar, pois meu inconsciente ainda se
faz presente e tampouco quer se encarcerar. E de onde estou ainda vejo o mundo
e a existência por semiplanos diferentes. Será que não tenho o direito de
vê-los como os vejo...?
Sandro
Henrique Souza
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